Sumário: Os 10 princípios de Jakob Nielsen para design de interação. Eles são chamados de “heurística” porque são regras gerais e não diretrizes específicas de usabilidade.

Obrigado Kelley Gordon pelo criação visual e posteres que estão inclusos neste artigo.
Obrigado Kate Moran e Feifei Liu por atualizar o nome das heurísticas, as descrições e os exemplos.

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Este site é uma homenagem ao Grupo NNG, com tradução livre feita por mim mesmo a partir dos artigos produzidos no site oficial.
Este artigo foi traduzido a partir da página: 10 Usability Heuristics for User Interface Design

NN/g Nielsen Norman Group – https://www.nngroup.com

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#1: Visibilidade do estado do sistema

O design sempre deve manter os usuários informados sobre o que está acontecendo, através de um retorno apropriado, em um período de tempo razoável.

Quando os usuários estão cientes do estado vigente do sistema, eles aprendem o resultado das suas interações anteriores e planejam os próximos passos. Interações previsíveis geram confiança tanto no produto como também na marca.

#2: Correspondência entre o sistema e o mundo real

O design deve falar a linguagem do usuário. Use palavras, frases e conceitos familiares ao usuário, ao invés de jargões internos. Siga convenções do mundo real, fazendo com que as informações apareçam em uma ordem natural e lógica.

A maneira como você elabora o seu design depende muito das características dos seus usuários. Termos, conceitos, ícones e imagens que parecem perfeitamente claros para você e seus colegas podem não ser familiares ou ainda podem ser confusos para os seus usuários.

Quando os controles de design seguem as convenções do mundo real e correspondem aos resultados desejados (chamados de mapeamento natural), é mais fácil para os usuários aprenderem e lembrarem como a interface funciona. Isso ajuda a construir uma experiência que parece intuitiva.

#3: Controle e liberdade do usuário

Usuários frequentemente realizam ações por engano. Eles precisam uma clara e destacada “saída de emergência” para cancelar a ação indesejada sem ter que passar por uma série de processos.

Quando é simples para qualquer pessoa voltar atrás no processo que está fazendo, ou existe uma função “undo” (ação de desfazer), gera-se uma sensação de liberdade e confiança. Oferecer alternativas aos usuarios permite que eles permaneçam no controle do sistema e evitando impedimentos ou frustrações.

#4: Consistência e padrões

Os usuários não devem se questionar se diferentes palavras, situações ou ações têm o mesmo significado. Siga as convenções da plataforma e do mercado.

A lei de Jakob Nielsen determinam que as pessoas gastam a maior parte do tempo utilizando outros produtos digitais e não os seu. A experiência dos usuários (com esses produtos) define suas expectativas. Falhar em manter essa consistência pode aumentar carga cognitiva dos usuários, forçando-os a aprender coisas novas.

#5: Prevenção a erros

Mensagens de erro bem feitas são importantes, mas antes disso, tenha como boa prática o cuidado de prevenir os problemas antes que eles aconteçam. Considere também em eliminar as condições propensas a erro, ou as revise e apresente aos usuários com uma opção de confirmação, antes deles realizarem a ação.

Existem dois tipos de erros: deslizes e enganos. Deslizes são erros inconscientes causados por falta de atenção. Enganos são erros conscientes baseados em uma incompatibilidade entre o modelo mental do usuário e o design.

#6: Reconhecer ao invés de lembrar

Minimize o uso da memória do usuário deixando elementos, ações e opções visíveis. O usuário não deve ter que lembrar das informações de uma parte da interface para outra. As informações necessárias para usar no design (exemplo: rótulos dos campos ou itens de menu) devem estar visíveis ou facilmente acessíveis quando necessárias.

Os humanos possuem memórias de curto prazo limitadas. As interfaces que promovem o ato de reconhecer reduzem a quantidade de esforço cognitivo exigido dos usuários.

#7: Flexibilidade e eficiência do uso

Os atalhos – desconhecido dos usuários iniciantes – podem aumentar a velocidade de interação para o usuário experiente, desta forma o design passa a atender tanto aos usuários inexperientes como os experientes. Permita que os usuários personalizar suas ações frequentes.

Processos flexíveis podem ser realizados de diferentes maneiras, desta forma as pessoas podem escolher qual método funciona melhor para elas.

#8: Estética e design minimalista

As interfaces não deveriam conter informações que não são relevantes ou raramente necessárias. Toda unidade extra de informação em uma interface compete com uma unidade relevante de informação e diminui sua visibilidade relativa.

Esta heurística não significa que você tem que fazer um flat design (simples) – mas sim de ter certeza que você está mantendo o conteúdo e design visual focados naquilo que é essencial. Certifique-se de que os elementos visuais da interface dêm suporte para os principais objetivos dos usuários.

#9: Ajude os usuários a reconhecerem, diagnosticarem e consertarem os seus erros

Mensagens de erro devem ser escritas em linguagem acessível (sem códigos de erro), indicando precisamente o problema e sugerindo de forma construtiva uma solução.

Estas mensagens de erro devem também ser apresentadas com tratamentos visuais, para auxiliar os usuários a percebê-las e reconhecê-las.

#10: Ajuda e documentação

Seria melhor se o sistema não precisasse de nenhuma explicação adicional. Entretanto, pode ser necessário fornecer informações para ajudar os usuários a entenderem como completar suas tarefas.

O conteúdo de ajuda e documentação deve ser fácil de pesquisar e deve estar direcionado às tarefas do usuário. Mantenha conciso e liste passos concretos que precisam ser realizados.

Notas do Jakob

Eu inicialmente desenvolvi as teorias para avaliação heurística em colaboração com Rolf Molich em 1990 [Molich e Nielsen 1990; Nielsen e Molich 1990]. Quatro anos depois, eu melhorei as heurísticas com base em análise dos fatores de 249 problemas de usabilidade [Nielsen 1994a] para gerar um conjunto de heurísticas com o máximo de poder exploratório, resultando neste revisado conjunto de heurísticas [Nielsen 1994b].

Em 2020 quando atualizamos este artigo, adicionamos mais explicações, exemplos e links relacionados. Apesar de termos sofisticado levemente a linguagem das definições, as 10 heurísticas por si só permaneceram relevantes e sem alterações desde 1994. Quando algo se mantém verdadeiro por 26 anos, certamente também servirá para as futuras gerações de interfaces de usuários.

Pôster das 10 heurísticas grátis (em inglês)

Faça download do pôster gratuito (em inglês) sobre as 10 heurísticas de usabilidade na parte inferior deste artigo, em Downloads. Você pode baixar o pôster resumo nos tamanhos: pôster completo e uma versão abreviada sem ilustrações, formatados para imprimir tanto em papel tamanho A4 como em tamanho Carta. Você também pode baixar o conjunto de 11 pôsteres (10 pôsteres individuais trazendo mais detalhes sobre cada uma das heurísticas de usabilidades, assim como o pôster resumido).

Veja também

Exemplos

• 10 heurísticas de usabilidade voltadas para aplicações complexas – exemplos de heurísticas aplicadas à aplicações de software complexas e específicas de domínio.
• 10 heurísticas de usabilidade voltadas para realidade virtual – veja as heurísticas aplicadas a ambientes virtuais 3D.
• 10 heurísticas de usabilidade voltadas para vídeo games – grandes exemplos das 10 heurísticas em interface de usuários altamente interativas e altamente visuais, que tem o propósito de entreter.
• 10 heurísticas de usabilidade voltadas para o dia a dia (apenas para diversão)

Lista de verificação e diretrizes

• Conjunto completo de 2.397 guidelines (diretrizes) sobre UX design (através de múltiplos relatórios)
• Lista de Bruce “Tog” Tognazzini’s com os princípios básicos para um design de interface. A lista é levemente longa demais para avaliação heurística, mas serve como um útil checklist.

Referências

• Molich, R., and Nielsen, J. (1990). Improving a human-computer dialogue, Communications of the ACM 33, 3 (March), 338-348.
• Nielsen, J., and Molich, R. (1990). Heuristic evaluation of user interfaces, Proc. ACM CHI’90 Conf. (Seattle, WA, 1-5 April), 249-256.
• Nielsen, J. (1994a). Enhancing the explanatory power of usability heuristics. Proc. ACM CHI’94 Conf. (Boston, MA, April 24-28), 152-158.
• Nielsen, J. (1994b). Heuristic evaluation. In Nielsen, J., and Mack, R.L. (Eds.), Usability Inspection Methods, John Wiley & Sons, New York, NY.

Muitas pessoas me perguntam se podem utilizar as heurísticas no seu próprio trabalho. Sim, mas por favor dê os créditos para Jakob Nielsen e forneça o endereço desta página https://www.nngroup.com/articles/ten-usability-heuristics ou cite o artigo acima [Nielsen 1994a]. Se você quiser imprimir cópias desta página ou reproduzir o conteúdo on-line, no entando, por favor consulte nossas informações sobre direitos autorais, para obter mais detalhes.
Copyright © by Jakob Nielsen.ISSN 1548-5552.

Downloads

• Todos os pôsteres das 10 heurísticas de usabilidade de Jakob Nielsen (em inglês – ZIP)
• Pôster resumo das 10 heurísticas de Usabilidade de Jakob Nielsen (em inglês – PDF)
• Pôster tamanho A4 das 10 heurísticas de Usabilidade de Jakob Nielsen (em inglês – PDF)
• Pôster tamanho Carta das 10 heurísticas de Usabilidade de Jakob Nielsen (em inglês – PDF)

Referências

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Veja também

• Como conduzir uma avaliação heurística
• Tipografia para leitura rápida: quanto maior é melhor
• Suporte à lembrança ao invés de reconhecimento em UI Design
• Sobrecarga de Overlay: popups concorrentes são uma ameaça em crescimento
• Usabilidade para idosos: desafios e mudanças

Relatórios de pesquisa

• Usabilidade para website B2B (business to business) B2B Website Usability for Converting Users into Leads and Customers
• Strategic Design for Frequently Asked Questions

Veja também

Watch Heuristic Evaluation of User Interfaces, 3 minute video with Jakob Nielsen: